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'The world is a book and those who do not travel read only one page.' St. Augustine

domingo, 25 de maio de 2014

A MINHA VOLTA AO MUNDO

Enfim chegou o momento, a volta.

Evitei pensar no assunto na última semana, exercitando a filosofia Three Little Birds: "Don't worry about a thing”. Me esforcei, mas não rolou, considerei parte do processo refletir.

Parei por alguns minutos e me perguntei: E aí como vai ser? E agora o que eu faço com tudo isso?

Atualmente sem casa, sem carro, sem namorado, sem emprego e sem dinheiro, mas MUITO mais rica. Clichê? Pode ser, porém a mais pura verdade.

A verdade é que mudei. E isso me assusta. Mudei os meus gostos, mudei a forma como enxergo o mundo, dei espaço para uma Ligia completamente desconhecida aparecer, e me apaixonei completamente por ela. Descobri um novo universo. Um leque de possibilidades se abriu na minha mente, no meu corpo e no meu espírito. Passei a dar ainda mais valor aos pequenos momentos, sentimentos e sensações ao invés de "coisas". Me emocionei. Me permiti. Ri, chorei, tentei entender, aceitei e entreguei. Entendi que não é preciso muito, e que enquanto desejamos mais do que precisamos nunca seremos verdadeiramente livres. Cruzei fronteiras. Presenciei milagres. Não só admirando paisagens de tirar o fôlego mas observando o próximo, o diferente, o estranho. Olhando no fundo dos olhos. No meu dicionário palavras como respeito e sabedoria adquiriram novos significados. Descobri o que me fascina, o que me move, o que me inspira e como sou capaz de inspirar os outros. Atingi níveis profundos em contato comigo mesma. Deixei a minha zona de conforto e me joguei no mundo, me joguei no mar. Voltei para um estágio primitivo, em contato com o ambiente onde fui concebida como ser: a natureza. E hoje me sinto parte. Sou especial, única, verdadeira, forte, amiga, muito corajosa e linda. Admito isso. Me aproprio dessas características para a vida, e acumulo essas riquezas em um lugar intocável.




Quando acordo, mesmo no sofá da casa de um recente amigo que me acolheu como família, agradeço por mais um dia de vida, respiro fundo e sinto o oxigênio caminhando pelo meu corpo, me sinto cheia, satisfeita. Já na rua, dou bom dia para as pessoas olhando nos olhos e abro um sorriso sincero. O meu café preto, hoje sem açúcar, tem um gosto que nunca imaginei que pudesse ter, gosto de vida. Do despertar de mais um dia. Tenho prazer em viver, prazer em ajudar, prazer em uma conversa com um desconhecido, prazer em ver o céu escurecendo e a chuva caindo. Prazer em ver o sol nascer e se por no horizonte. Sou grata. Passei a enxergar a metade do copo cheio com muito mais freqüência, a apreciar o que tenho. Hoje, me importo com o que posso mudar, o que não posso simplesmente deixo ir.



Meu maior medo? Ser sugada novamente, entrar num turbilhão de conflitos que hoje em dia não fazem mais sentido, voltar a neurotizar a vida, enxergar mais problemas do que soluções, esquecer o que vi e vivi, deixar que a paz que reina na minha mente nesse exato momento me abandone, substituir o amor que adquiri pelos outros, pela vida e principalmente por mim mesma por imagem, por ilusões.

Vai ser difícil? Vai. Vou precisar mudar meu entorno, minhas atividades, meu estilo de vida? Vou. Mas todos os dias peço a Deus que ilumine meu caminho, que amenize o impacto desse processo de readaptação e que me conceda sabedoria para lidar com a realidade de forma natural, equilibrada, espontânea e principalmente com muita doçura e mansidão.

Se acho que vou mudar o mundo? Por alguns momentos eu achei que sim. Me senti tão energizada, forte e capaz que imaginei realmente ser possível. Ousadia da minha parte? Talvez. Se conseguir interiorizar essa atitude positiva e compartilhar pelo menos um pouco dessa experiência e novas descobertas com o grupo de pessoas ao meu redor, ou com quem ler esse texto, já estou mais do que satisfeita. Missão cumprida.




Um recado? Meu amigo/a, a vida é muito linda e curta. Não dá mais pra perder tempo, é agora, ela está aí de braços abertos para receber qualquer um que tenha sede dela, que se sinta incomodado, que questione diariamente a sua existência, e assim como eu pense: “não é possível que seja só isso”.

Somos nós os verdadeiros testemunhos, não adianta nada usar palavras sofisticadas, sair pregando por aí e não dar bom dia para o porteiro, não ajudar o necessitado bem ali do lado. Nossas escolhas, nossas atitudes e principalmente nossos pensamentos definem quem somos, e esse conjunto de elementos tem a capacidade de influenciar os outros. O mundo está carente de amor, de gente que fala o que sente, de verdades. De gente que é livre, de gente que pensa livre, que anda de pé descalço. De relações humanas, de toque, de conversa de buteco, de abraço sincero, de olhar de compaixão e de positividade. Comece a se dar sem medida e você verá a sua vida se transformar, passará a pensar diferente, a escutar outras frases saindo da sua boca, é engraçado, chega uma hora que você não se reconhece mais, você se transforma no que pensa. Exercite. Faz um bem danado.





E eu? Ah! Eu cansei de ser coadjuvante, assumi as rédias da minha vida e não aceito nada menos do que o papel principal. Sejamos nós a geração de protagonistas do bem, a geração de heróis, ou ao menos pessoas relativamente boas.

For me it begins at the end of the road. Mude, mas comece devagar, porque a direção é mais importante que a velocidade. 


Família, to chegando! Aloha <3



terça-feira, 6 de maio de 2014

DETOX

Nos últimos 5 meses tenho feito absolutamente tudo que tenho vontade. Se sinto fome, como. Se sinto sede, bebo. Se quero dormir, durmo. Se quero ficar o dia inteiro na praia, eu fico, e experimentar essa liberdade, de fazer o que me dá na telha sem ter que consultar ninguém, avisar, remarcar algum compromisso, ou checar a disponibilidade da minha agenda tem sido a melhor coisa que já me aconteceu. 

FREEDOM

Por outro lado, a falta de rotina e de hábitos "saudáveis" nesse meio tempo me acarretaram um certo prejuízo. Graças a Deus nao na balança, até emagreci um pouco, mas estava sentindo um cansaço excessivo, umas dores estranhas, enfim, vida de mochileiro não é fácil, tudo tem um preço, e a minha saúde no caso não é negociável. 

Quem me conhece sabe que eu adoro tomar uma cervejinha, que o chocolate é um mal necessário no meu organismo, a carne vermelha então... nem comento, e tenho abusado um pouco desses prazeres nos últimos tempos. Nada mais justo.

Apaixonada pelo lifestyle asiático e fascinada com o que já aprendi e vi por aqui, os caras são experts no assunto vida saudável, fico impressionada, me inscrevi em um programa de 3 semanas de detox, meditação, yoga e pilates aqui em Phuket, na Tailândia. Tipo férias das minhas férias...rs!

Phuket, Tailândia

Phuket, Tailândia

Em apenas 6 dias de "tratamento" os resultados são impressionantes. Pele de bebê, disposição de adolescente e mente purificada. Sem contar o cabelo sedoso e a unha mais forte que já tive na vida. De fato somos o que comemos e pensamos.

O programa é incrível, ingerimos somente raw food, uma forma de culinária baseada em alimentos crus, ou que foram cozidos abaixo do nível de 40 graus celsius. Parece um regime sem graça, né? Mas não é. A dieta tem frutas, vegetais, sementes, grãos germinados e algas. Ingredientes que têm toda a vitalidade nutricional necessária para uma vida saudável e ecológica. #toamando

Nossos espetinhos ;-)

Uma das opções para o almoço.

Muitos vegetais e grãos.

Além dos alimentos, três vezes ao dia ingerimos líquidos que aliviam os bloqueios do intestino, isso é: limpam pedaços de alimentos não digeridos e ajudam no processo de liberação de toxinas prejudiciais que podem causar todos os tipos de doenças e complicações mais tarde.

Green Shake

Todos os alimentos, sem exceção, são muitos saborosos e preparados com muito amor e carinho pelas tailandesas fofas que moram aqui, se alguém se interessar e quiser saber mais sobre as receitas é só me escrever, estou levando tudo pra "casa" comigo.  

Bem, se vou manter esses hábitos e continuar esse processo quando voltar para a vida "real" eu não sei, e também não estou muito preocupada. Uma das grandes chaves desse processo é entender que viver o presente é o mais importante, e que a ansiedade é um dos nossos piores inimigos. Não pretendo abrir mão de alguns prazeres da vida, afinal ela é uma só, mas certamente estar aqui tem sido um grande wake up call para a minha saúde e estilo de vida. #pesodosquase30

Um beijo, Li.  


sábado, 3 de maio de 2014

RIP CURL PRO 2014

Wow! Assustada como o tempo passou, mais de 15 dias que eu não apareço por aqui, mas vamos lá, me organizei e vou tentar recapitular os melhores acontecimentos e dicas.

Quem me acompanha no Instagram viu que encaixei no roteiro um destino inesperado, surgiu uma oportunidade imperdível por conta da fotografia e voltei para Austrália para mais uma etapa do tour mundial de surf, dessa vez em Bells Beach, Victoria.

Muito feliz com os resultados, aprimorando cada vez mais o meu recente trabalho, fiz uma seleção das que mais gostei para vocês, espero que gostem.


















Sobre a cidade de Torquay, onde fiquei hospedada, confesso que não vi muito, foi bastante corrido meu período por lá. O campeonato geralmente acabava tarde e com o frio que fazia no máximo saia para jantar, mas se um dia estiver em Melbourne não perca a oportunidade de conhecer.

Velejar, mergulhar, pescar, praticar windsurf e principalmente surfar, são algumas das diversões preferidas dos moradores e turistas que visitam a região, as praias são lindas. Além de Torquay, super vale o passeio até as praias de Jun Jac, Winkipop, Lorne e é claro, a Great Ocean Road e suas cordilheiras de tirar o fôlego. 


Ah! Já ia esquecendo, Torquay também é excelente para umas comprinhas, quase enlouqueci na Surf City, lá você encontra todos os principais fabricantes de marcas de esportes com preçinhos bem interessantes... #penaqueestoumochilando  



Bem, missão cumprida na Austrália, estou em Phuket, na Tailândia. Volto para contar sobre os meus planos por aqui e estou preparando o post de Bali, vi muita coisa por lá e não quero deixar passar nada. 


Saudades maiores que eu.
Beijos, Li.