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'The world is a book and those who do not travel read only one page.' St. Augustine

quarta-feira, 16 de abril de 2014

A PLAYLIST

Atendendo os pedidos, resolvi fazer um post para contar da trilha sonora do blog, essas músicas que ficam tocando no player no topo do site.

Sou completamente movida por música, daquelas que imagina a vida com trilha sonora, tipo filme. Uma música boa é capaz de mudar completamente o meu humor, me acabo na piXta e adoro dançar também. Cantar definitivamente não é o meu forte, mas me prometi que até o final da viagem ainda encaro um karaokê, daqueles que você sobe no palco, com plateia e tudo. #imaginaomico


Enfim, durante essa minha jornada sozinha as músicas tem tido uma representação bastante importante. Quando a gente tá mais sensível elas parecem fazer mais sentido, né? Sou capaz de rir e chorar ao som de uma mesma batida, chega a ser engraçado. Algumas letras me motivam, me lembram momentos bons do passado, outras me dão força para ir em frente, me inspiram e algumas simplesmente me fazem cia.


Enough de xurumelas, vamos ao que interessa. As músicas.

1 - Eddie Vedder – Better Days 


 2 - Stand By Me - Playing for Change - Song Around the Wolrd


3 - The XX - You Got The Love (Florence And The Machine cover) 


4 - The Temper Trap - Sweet Disposition


5 - Hot Natured featuring Anabel Englund - Reverse Skydiving


6 - Pearl Jam - Soldier Of Love


7 - Asaf Avidan - One day


8 - Capital Cities - Safe And Sound




9 - The Rolling Stones - You Can't Always Get What You Want


10 - Niki & The Dove - Mother's Protect (Goldroom Remix)


11- Gui Boratto - Azzurra


12 - Faith No More - Easy 




13 - Two Door Cinema Club's - Something Good Can Work 



14 - Des'Ree - You Gotta Be 



Tá aí! Uma mistureba que só...rs!

Beijos com saudades, Li.






quarta-feira, 9 de abril de 2014

NYEPI

Nyepi. O dia do silêncio.

Esse dia, que muda de acordo com o ano, marca o início do ano hindu na ilha de Bali. Um dia muito especial para os moradores da ilha, feriado na Indonésia, é respeitado por todos, inclusive turistas e não hindus. No Nyepi, até o aeroporto em Denpasar fica fechado por 24h. 


Um dia reservado para a meditação, auto-reflexão e para alguns um dia de jejum, de completa purificação.  A principal restrição é: nada de luzes, nem mesmo velas. Conta a lenda que os deuses (demônios), descem do céu todos os anos e visitam à ilha, a ideia é fazer com que esses Deuses batam e voltem para os céus ao encontrar a ilha “vazia”,  em completo silêncio e apagada.

No dia anterior, nas principais vilas de Bali, acontece a Ngrupuk Parade. São construídas estátuas enormes (Ogoh-ogoh) e assustadoras, representando esses demônios. Crianças e homens carregam essas estátuas pelas ruas até um ponto específico, central na vila, onde as estátuas são queimadas. 




Tive a oportunidade de presenciar essa cerimônia em Jimbaran, e fiquei muito impactada, o tempo todo arrepiada, uma energia espiritual muito forte. Muitas pessoas assistindo, celebrando, cantando e dançando com as estátuas, nesse ritual de exorcismo e purificação.

Fiz fotos da Ngrupuk, espero que consigam visualizar um pouco o que eu contei. Fiz vídeos também mas já estava muito escuro, não dá pra ver muita coisa. Uma experiência única, difícil contar o que senti. Uma cultura muito diferente, pelo menos para mim, foi engraçado reparar as pessoas sorrindo e felizes diante daquelas imagens horrorosas, parecia carnaval para eles. Bem, aproveitei para aprender, é claro, e do meu jeito fiz a minha oração, agradeci, e aproveitei também para "espantar" os meus monstrinhos...rs!




Saudades! 
Beijos, Li.

terça-feira, 1 de abril de 2014

BALI

Bali. Como esperei por esse momento. Não sei porque desde o início da viagem tinha essa sensação estranha e muito forte dentro de mim, de que ao chegar aqui algo iria acontecer... Intuição, ou simplesmente uma influencia dos muitos testemunhos escutados ao longo da viagem a respeito desse pedaço de paraíso? Do tipo de arrancar suspiros de muitas pessoas. Inclusive meus sem ao menos conhecer. Bem, ainda não sei, tenho 3 meses pela frente para descobrir.


Passou-se apenas uma semana, ainda estou processando tudo isso, e precisarei de mais um tempo para digerir esse alimento parrudo, tipo uma feijoada, chamado Bali. Desde que cheguei tudo parece fluir perfeitamente. Nunca me senti tão parte de um lugar, tão encaixada, tão vivendo o momento certo na hora certa. Desde o lugar que estou hospedada, as pessoas que tenho conhecido, o trabalho voluntário que consegui até os restaurantes que já tive o prazer de me deliciar.

Aqui as pessoas sorriem com a alma, te escutam e se interessam de fato pelo que você tem a dizer e oferecer, me olham como se eu fosse um ser alienígena muitas vezes, talvez por conta do meu 1,83cm, aqui é todo mundo “compacto”...rs! mas até os olhares estranhos, intrigados, só me instigam mais a me aproximar desse povo e cultura.  Tamanha riqueza eles tem a nos oferecer.

Cheguei num momento especial, não só porque hoje é meu aniversário, mas também por conta do Nyepi, o dia do silêncio, que esse ano aconteceu em 31 de março, um dia antes de eu completar 28 primaveras. Coincidência mais uma vez? Novamente, não sei. Só sei que passar a virada de mais um ciclo na minha vida simplesmente em silêncio, deitada na praia admirando o céu mais estrelado que já vi na vida, com a ilha inteira apagada, em contato comigo mesma, descobrindo a cia incrível que eu tenho ao meu lado 24 horas por dia e muitas vezes eu não dou bola. Uma tal de Ligia Costa. Foi simplesmente mágico.



Volto para contar sobre as cerimônias, explicar o que foi esse tal de Nyepi, sobre o meu trabalho na Fundação Bali Life e  os planos por aqui. De qualquer forma, queria deixar registrado um trecho de uma crônica da Martha Medeiros, do livro Feliz por Nada, que devorei em 2 dias e me fez refletir bastante, espero que gostem.  

"Para ser amigo de si mesmo é preciso estar atento a algumas condições do espírito. A primeira aliada da camaradagem é a humildade. Jamais seremos amigos de nós mesmos se continuarmos a interpretar o papel de Hércules ou de qualquer super-herói invencível. Encare-se no espelho e pergunte: quem eu penso que sou? E chore, porque você é fraco, erra, se engana, explode, faz bobagem. E aí enxugue as lágrimas e perdoe-se, que é o que bons amigos fazem: perdoam.

Amigar-se consigo também passa pelo que muitos chamam de egoísmo, mas será? Se você faz algo de bom para si próprio estará automaticamente fazendo mal para os outros? Ora. Faça o bem para si e acredite: ninguém vai se chatear com isso. Negue-se a participar de coisas em que não acredita ou que simplesmente o aborrecem. Presenteie-se com boa música, bons livros e boas conversas. Não troque sua paz por encenação. Não faça nada que o desagrade só para agradar aos outros. Mas seja gentil e educado, isso reforça laços, está incluído no projeto "ser amigo de si mesmo".

Por fim, pare de pensar. É o melhor conselho que um amigo pode dar a outro: pare de fazer fantasias, sentir-se perseguido, neurotizar relações, comprar briga por besteira, maximizar pequenas chatices, estender discussões, buscar no passado as justificativas para ser do jeito que é, fazendo a linha "sou rebelde porque o mundo quis assim". Sem essa. O mundo nem estava prestando atenção em você, acorde".





#juliarobertsfeelings

Beijos, saudades.
Li